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Mostrando postagens de maio, 2009

Outra parte

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Você combina com os móveis da casa E com o Leone ao fundo Você combina com o sofá xadrez e com a pilha de livros Você combina com a janela aberta e a minha idéia de mundo. J assira C astro Para o João em 1998

Pretinha

Pretinha dos meus encanto; Isso é que me disconsola: Tu, di lá, não mi dá bola, Eu, di cá, ti gosto tanto!!! Pretinha do véio Onofre, Tu, pra mim, é um tisoro; Queria que fosse oro, P'reu guardá drento dum cofre... Pretinha du Juão da água; Nem iscuita o meu fiu-fiu! Manda um recadim pru tiu, Praispantá as minhas mágua! Pretinha qui eu vi criança, Arrodiando uma ciranda... diz ondi é qui tu anda, Si inda tem di mim lembrança... Odilon Ramos (desculpa a falta de modéstia mas ter uma poesia desse poeta... é uma dádiva. Amo demais esse meu tio do coração)

Queria Dizer

Eu só queria te dizer: Que pra ti salvar; eu nado sem saber nadar. Eu furo os olhos; de quem te machucar. Eu te dou o meu brinquedo preferido; por ti corro qualquer perigo. Eu vejo em teus olhos meu melhor amigo. Eu acalento o teu medo, e prá ti dormir, eu até acordo cedo. E mesmo que pr'os outros tu tenhas crescido, E venhas com esse ar todo exibido serei tua sombra Num zelo descabido... Então peço ao Senhor Que junte os anjos mais espertos E que Ele mesmo não deixe de estar perto Deste alguém que amo tanto. Jane Castro (minha querida irmã, maravilhosa muito mais do que eu mereço, derrama seu amor por mim, essas palavras esse cuidado... que privilégio)
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Como dois e dois são quatro Sei que a vida vale a pena Embora o pão seja caro E a liberdade pequena Como teus olhos são claros E a tua pele, morena como é azul o oceano E a lagoa, serena Como um tempo de alegria Por trás do terror me acena a noite carrega o dia No seu colo de açucena - sei que dois e dois são quatro sei que a vida vale a pena mesmo que o pão seja caro e a liberdade pequena. Ferreira Gullar

...

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Fada, bruxa ou profetiza ... como se fosse, anoitecida coberta de negras sedas ...rasgadas da alma da noite. Te sinto assim: suspensa no ar náo sentada...nem de pé, talvez meio de lado... .... suspensa no ar. E, tamanho atrevimento, (ilusáo ou fantasia), trai a tênue transparência, mostra o corpo, ...tanto mar desafio ao próprio dia de quem inventou o luar. (presente do Dimy, sou grata pelo teu amor e pela tua presença mesmo ausente)

Adoro Pau Mole

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Adoro pau mole. Assim mesmo. Não bebo mate, não gosto de água de côco, não ando de bicicleta, não vi ET e a-d-o-r-o pau mole. Adoro pau mole pelo que ele expõe de vulnerável e pelo que encerra de possibilidade. Adoro pau mole porque tocar um pressupõe a existência de uma intimidade e uma liberdade QUE EU PREZO E QUERO SEMPRE. Porque ele é ícone do pós-sexo (que é intrínseca e automaticamente- ainda que talvez um pouco antecipadamente)sempre um pré-sexo também). Um pau mole é uma promessa de felicidade sussurrada baixinho ao pé do ouvido. É dentro dele, em toda a sua moleza sacudinte de massa de modelar, que mora o pau duro e firme com que meu homem me come. Maria Rezende

A um amigo

Polido, comedido quase fingido Meio mãe, meio amigo E se te desmascaro viras o jogo e me aparaces assim deprimido, sofrido quase perdido Meio irmão, meio sentido Mas se te desafio tentas de novo e me vens assim pensativo, contido quase proibido Meio pai, meio abrigo Se insisto Vejo outra cara aturdido, evasivo quase atingido ... Fico com pena e te dou outra chance Agora me agrada despido, banido quase bandido Curiosa prossigo peço outro tipo entro no jogo, improviso Te dou ouvido Me falas de um amor esquecido Te trago de volta, tenho ciúme do teu passado bem vivido Me olhas assim meio paixão, meio libido. J assira C astro 28/11/94

Dalí

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( Mulher na Janela - Salvador Dali) Da minha janela te vejo No mar, no ar, na doce brisa Te vejo e não toco Não posso. Da minha janela, olho de dentro. Me olho por dentro. Deliciosa, libertária, solitária ventana. E é assim: eu e a minha janela. J assira C astro
Nossa! Há quanto tempo sem aparecer, certamente porque não havia nada de novo para dizer... Tenho sentido saudade de mim mesma. Absorta, envolvida com tantas coisas externas que acabo esquecendo de me voltar pra dentro de mim e revolver um pouco da terra do meu coração.