Vê lá o que eu sonho: Velazquez Vê lá As meninas Vê-las é me ver te vendo Eu cheia de ti, moldura Tu dentro de mim, a tela Anã, bispo, cachorro Menino, pintor, espelho Vê lá quem somos De que lado? Por onde vejo? Me vejo? Por fora sou eu Por dentro és tu És tu quem me vês Sou eu refletida Sou eu a menina? És tu o pintor. Vê lá! Jassira Castro
Adoro pau mole. Assim mesmo. Não bebo mate, não gosto de água de côco, não ando de bicicleta, não vi ET e a-d-o-r-o pau mole. Adoro pau mole pelo que ele expõe de vulnerável e pelo que encerra de possibilidade. Adoro pau mole porque tocar um pressupõe a existência de uma intimidade e uma liberdade QUE EU PREZO E QUERO SEMPRE. Porque ele é ícone do pós-sexo (que é intrínseca e automaticamente- ainda que talvez um pouco antecipadamente)sempre um pré-sexo também). Um pau mole é uma promessa de felicidade sussurrada baixinho ao pé do ouvido. É dentro dele, em toda a sua moleza sacudinte de massa de modelar, que mora o pau duro e firme com que meu homem me come. Maria Rezende
EPITÁFIO A tétrica métrica do meu poema morto me afeta, me inquieta. Escavo e desenterro medos, Sinto fantasmas inundando ares conspirando contra mim. Sigo essa trilha onde velo sonhos e tento encontrar meu epitáfio prossigo nessa mórbida investida que culmina quando encontro manuscrito Aqui Jaz Sira
Lindo...
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