AS CIGARRAS COMEÇARAM A CANTAR

AGORA, A CHUVA VEM!
MAS QUE VENHA BREVE...
QUE ME LAVE TAMBÉM A ALMA
E ME DEIXE LEVE.
CHUVA BRANDA, CHUVA FORTE
QUALQUER UMA ME SERVE.
DESDE QUE SEJA BREVE.
NÃO QUERO MAIS A POEIRA
O PÓ NAS ESTRADAS.
QUERO UMA CHUVA BRANCA
DIÁFANA, FEITO NEVE.
NÃO HÁ NADA MAIS QUE ME ENLEVE,
ALÉM DA CHUVA.
E EU QUERO A CHUVA.
UMA CHUVA QUE, A MIM, SE ME REVELE.
SEM PUDOR E COM CARÍCIA
DESDE DE QUE SEJA BREVE.

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